segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Noções de Ethos

Nessas próximas duas aulas, estudaremos as noções de Ethos. Providenciem a leitura do capítulo 8 que se encontra na xerox. Providenciem também a leitura do texto da FSP para a aplicação da teoria. Vocês encontrarão aqui a notícia em 2 arquivos. Em um, vocês têm a visualização da (veja link 1 a seguir ) macroestrutura da notícia e, em outro, o (veja link 2 a seguir) texto na íntegra.

DICA: pessoal, vejam a contribuição da colega Aline na publicação de um comentário em nosso Blog. O comentário encontra-se na aula intitulada e publicada sob o título de O que é texto?Parabéns e obrigada, Aline.

9 comentários:

  1. O capítulo 8 foi o mais gostoso de se ler pela noção de corporalidade que começamos a perceber (com maior intensidade).
    Para cada tipo de público, elaboramos um ethos. Na aula, a discussão interessante tratou-se do telejornalismo da Rede Globo quanto ao Ethos empregado no Bom Dia Brasil, Jornal Hoje, Jornal Nacional e Jornal da Globo.
    Gostei, principalmente, do lugar onde a aula foi ministrada. (Eu sempre esqueço o que ia perguntar, então deixa pra aula)

    Obs.: professora, os links não estão funcionando. Como dizem: não funfam.

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  2. Olá Nina,

    Tudo bem?

    O processo de construção do conhecimento acadêmico é assim mesmo. Há leituras mais difíceis de serem feitas e, outras, mais tranquilas, uma vai alimentando a outra, tornando o processo, muitas vezes árido e dificultoso, em algo mais prazeroso mesmo. Quando os temas estudados começam a fazer sentido a ponto de nos possibilitar fazer as relações leitura/realidade social, é sinal de mudança no nosso posicionamento crítico.

    Que bom que a leitura do capítulo 8 te ajudou. A discussão em torno dos telejornais foi muito produtiva, especialmente no que diz respeito às marcas enunciativas que ajudam na identificação da corporalidade do ethos. Quem sabe você possa desenvolver seu trabalho buscando mostrar essas diferenças de ethos pelos traços entonacionais no discurso, etc.

    Sobre a aula lá fora, concordo plenamente com você: foi ótima. Não só porque estava mais fresco e, portanto,bem mais agradável,mas porque fizemos algo diferente.

    Excelente participação e muito obrigada pelo seu retorno. Ah... sobre a dificuldade em abrir os liks, vou verificar, ok?

    Um abraço e até mais!
    Andréa.

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  3. olá pessoal!
    gostaria de fazer uma retomada a aula sobre linguagem, pois o texto pasado pelo professor Rafael Belo tem uma reflexão sobre o tema muito positiva. Caso não tenham lido o texto, deixo um trecho aqui disponível. Vale muito a pena a leitura!!! beijinhos

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  4. livro:o que é psicologia
    autora:maria Luiza S. Teles

    "A linguagem
    Sem a linguagem, tanto oral quanto escrita,teríamos de estar eternamente recomeçando, pois não haveria como transmitir todo o acervo cultural que o Homem conquista em determinado momento histórico.
    Fundamental, portanto, no comportamento humano o fator da linguagem. Através dela são introjetados os valores próprios de uma sociedade, moldando a personalidade do individuo;é também através dela que as pessoas se comunicam,passando umas para as outras suas expectativas de comportamento.
    Sem linguagem, pois, não haveria esse meio social, esse processo de trocas, colocado como característica básica no aprendizado humano. A linguagem é, então, instrumento e produto social e histórico.(...)
    (...)A palavra está, então, intimamente ligada à
    transmissão ou imposição da ideologia dominante."

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  5. Bom, estou lendo com calma sobre o Ethos, na verdade estou tendo certa dificuldade em entender ou talvez esteja misturando as coisas, não sei bem.
    Para tirar minhas dúvidas, Ethos se trata de algo pessoal, formas de falar, de ler (discursar), de se comportar, enfim... gostaria de saber qual a ligação do Ethos com contexto, ou nao existe nenhuma ligação? Quero apresentar um texto no trabalho sobre o Ethos, mais estou um pouco confusa quanto ao contexto, se isso influencia ou precisa ser algo direto, o texto que quero apresentar existe um grande contexto, será que isso já ajuda?

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  6. Olá Shirley,

    A sua pergunta é muito pertinente, pois esbarra em uma questão central de nossos estudos. Vamos a ela então!

    Nas nossas primeiras aulas, estudamos o conteito de texto, a partir da leitura teórica de Maingueneau (2001), mais especificamente do capítulo 4, que propõe tratar dos conceitos de enunciado, texto, discurso, enunciação, entre outros. Vou recuperar alguns pontos da discussão que tivemos em torno desse texto para te ajudar, ok?

    Segundo o autor, o trabalho com a linguagem verbal requer de nós um posicionamento em relação à própria linguagem. A análise do discurso, uma das correntes teóricas de estudo da linguagem, propõe que os estudos linguísticos estejam sempre articulados ao estudo do extraverbal. Tudo o que for extraverbal contribui para a construção de sentido de uma determinada comunicação escrita (na verdade, não apenas contribui, mas constitui o sentido da comunicação escrita). O extraverbal é o contexto, tudo aquilo que vem junto com o texto.

    Nessa capítulo 4, o autor então nos apresenta várias características do discurso; todas elas articulando o verbal com o extraverbal, o dito com o não dito, o texto com o contexto.

    A noção de Ethos no capítulo 8 vai então, Shirley, ser trabalhada a partir dessa concepção de linguagem porposta no capítulo 4.

    Mas o que é ethos? Vimos que é uma noção relacionada ao sujeito do discurso. É um sujeito que se desdobra, que assumi características de um enunciador "outro" em uma determinada comunicação. Ou seja, ao mesmo tempo que ele se anuncia de uma determinada forma, a partir de uma determinada assinatura, ele incorpora outras identidades. Agora, esse desdobramento não ocorre no vácuo, ele só acontece pois o contexto respalda essa incorporação de uma outra "personalidade". Retomando aquele exemplo da Cathay Pacific, no capítulo 8, vemos que quem assina o anúncio publicitário é a própria Cathay Pacific (é claro que existe a forte possibilidade de a agência de turismo ter contratado uma agência publicitária para a realização/criação daquela peça publicitária, mas é ela, Cathay Pacific, agência de viagens, que assina o texto; ela se responsabiliza por ele), entretanto ela assina Cathay Pacific incorporando um "outro"; ela incorpora um executivo. Ou seja, a agência incorpora o papel de um fiador: um executivo, apressado, sofisticado (viaja Paris-Hong Kong, etc). Essa incorporação só é possível porque o contexto permite isso. Que contexto? Ora, a rapidez do discurso tem a ver com o jeito "apressado" do mundo dos negócios. Nesse mesmo mundo, faz parte, além da pressa, as viagens internacionais, a relação cliente/prestador de serviço, a noção de copetitividade, etc. Então, a incorporação do ethos tem a ver com as informações contextuais que possibilitam essa compreensão nos diversos contextos de comunicação.

    Reflita um pouco sobre essa questão e traga um exemplo para que possamos conversar, ok?

    Um abraço,
    Andréa.

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  7. Poxa, muito agradecida, foi bem clara em sua explicação e me tirou muitas dúvidas, creio eu que o texto que pretendo apresentar é bem viável. Levarei sim. Obrigada Andréa.

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  8. Segue abaixo o texto com a conclusão a qual chegamos sobre a noção de ETHOS, após a apresentação do nosso trabalho de Português para Comunicação I, apresentado ontem, dia 30/03/11, por mim e por Daybson. Fizemos uma abordagem sobre o "ethos" assumido na mensagem veiculada no comercial da Coca-cola sobre otimismo, e a abordagem inversa assumida em notícia publicada no site da Folha.com, datada de junho de 2009. Acredito que essa conclusão explica bem o conceito de Ethos, e auxilia como complementação na resposta aos questionamentos da colega Shirley e demais colegas.

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  9. " A importância do Ethos como formador de opinião".

    As formas como expressamos determinada posição ou construímos determinado personagem são múltiplas, a depender do objetivo que estamos buscando alcançar.
    São as variadas faces de uma mesma "moeda" chamada LINGUAGEM. É ela a responsável pela construção de uma "persona" que tanto pode assumir características positivas, quanto negativas.
    Dizemos que o "ETHOS" é o processo dentro do qual o enunciado, como produto, acontece. Podemos afirmar também que a opinião da pessoa para a qual é dirigida determinada comunicação pode vir a ser construída pelo uso criterioso e, por vezes, tendencioso ( com palavras escolhidas "a dedo") da linguagem a ser adotada.
    O processo de comunicação assume múltiplos papéis. É como se fossem cenários que vão se modificando, assumindo novos contextos, novos personagens que vão se descortinando diante dos nossos olhos, quer seja o mesmo personagem mostrado de maneiras diferentes, quer sejam personagens distintos.
    Parafraseando a célebre autora Clarice Lispector, acreditamos que o ethos pode ser "leve como uma brisa, ou forte como uma ventania". Poderá ser leve ao assumir contornos suaves, semelhante ao assumido no comercial que analisamos, atendendo a uma estratégia de marketing adotada pela campanha publicitária, ou forte como o da notícia jornalística que abordava uma questão polêmica, como os possíveis danos causados à saúde pelo consumo do refrigerante que tem uma das marcas mais vendidas no mundo: a coca-cola.
    Logo, podemos dizer que tudo depende do objetivo que se pretende alcançar, e retomando a paráfrase do texto de Clarice, tudo vai depender de onde e como você verá esse mesmo Ethos "passar"!

    Aline Daiane e Daybson Vasconcelos.

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